Neste nosso quadragésimo comentário sobre Os Lusíadas, continuaremos a ler o quarto canto da obra, onde Camões canta sonho que o rei Manoel I teve com as terras ao Oriente.

Lusíadas-Camoes-canta-as-glorias-do-povo-lusitano
O sonho do rei Manoel I

CANTO IV – ESTROFE 66

“O capitão Vasco da Gama comenta que o Manoel I, com a morte do rei João II, se tornou o rei de Portugal”

 

Parece que guardava o claro céu

A Manoel e seus merecimentos

Está empresa tão árdua, que o moveu

A súbitos e ilustres movimentos

(Manoel, que Joane sucedeu

No reino e nos altivos pensamentos):

Logo como tomou do reino cargo,

Tomou mais a conquista do mar largo.

 

“Parece que guardava o claro céu a Manoel e seus merecimentos está empresa tão árdua, que o moveu a súbitos e ilustres movimentos (Manoel, que Joane sucedeu no reino e nos altivos pensamentos): logo como tomou do reino cargo, tomou mais a conquista do mar largo. (1)

(1) Com a morte do rei João II, o trono de Portugal ficou sob o comando do seu sobrinho e herdeiro, o rei Manoel I, este que parece ter sido escolhido por Deus para realizar a árdua empreitada de alcançar as terras da Índia no Oriente já que, logo quando tomou posse do reino, mandou a empreitada do capitão Vasco da Gama. Camões canta que o capitão Vasco da Gama, continuando a contar a história de Portugal, comenta que, com a morte do rei João II, Manoel I assumi o governo de Portugal, sendo ele o monarca responsável pela expedição de Vasco da Gama.

Podemos, portanto, entender que a estrofe diz que:

“Com a morte do rei João II, o trono de Portugal ficou sob o comando do seu sobrinho e herdeiro, o rei Manoel I, este que parece ter sido escolhido por Deus para realizar a árdua empreitada de alcançar as terras da Índia no Oriente já que, logo quando tomou posse do reino, mandou a empreitada do capitão Vasco da Gama.”

CANTO IV – ESTROFE 67

“O capitão Vasco da Gama comenta o desejo do rei Manoel I expandir os domínios portugueses para as terras do Oriente”

 

O qual, como do nobre pensamento

Daquela obrigação, que lhe ficara

De seus antepassados (cujo intento

Foi sempre acrescentar a terra cara),

Não deixasse de ser um só momento

Conquistado: no tempo, que a luz clara

Foge, e as estrelas nítidas que saem,

A repouso convidam quando caem; 

 

“O qual, como do nobre pensamento daquela obrigação, que lhe ficara de seus antepassados (cujo intento foi sempre acrescentar a terra cara), não deixasse de ser um só momento conquistado: no tempo, que a luz clara foge, e as estrelas nítidas que saem, a repouso convidam quando caem; (1)

(1) O rei Manoel I era pressionado constantemente pelos pensamentos de expansão de Portugal deixados pelos seus antepassados, sendo que ele nasceu na época mais grandiosa do seu reino e a mais propícia para tal empreitada. Camões canta que o capitão Vasco da Gama, continuando a contar a história de Portugal, comenta os pensamentos e desejos que levaram o rei Manoel I a lançar uma empreitada marítima rumo ao Oriente [continua na próxima estrofe].

Podemos, portanto, entender que a estrofe diz que:

“O rei Manoel I era pressionado constantemente pelos pensamentos de expansão de Portugal deixados pelos seus antepassados, sendo que ele nasceu na época mais grandiosa do seu reino e a mais propícia para tal empreitada.”

CANTO IV – ESTROFE 68

“O capitão Vasco da Gama comenta que o rei Manoel I sonha com as terras do Oriente”

 

Estando já deitado no áureo leito,

Onde imaginação mais certas são,

Revolvendo, continuo no conceito

De seu ofício e sangue obrigação,

Os olhos lhe ocupou o sono aceito,

Sem lhe desocupar o coração;

Porque, tanto que lasso se adormece,

Morfeu em várias formas lhe aparece.

 

“Estando já deitado no áureo leito, onde imaginação mais certas são, revolvendo, continuo no conceito de seu ofício e sangue obrigação, os olhos lhe ocupou o sono aceito, sem lhe desocupar o coração; porque, tanto que lasso se adormece, Morfeu em várias formas lhe aparece. (1)

(1) Num momento, quando o rei Manoel I já estava deitado em seu áureo leito onde as imaginações são mais corretas, o monarca cai no sono enquanto se revolviam em seu coração e sangue as obrigações de monarca e os desejos de expansão de Portugal deixados pelos seus antepassados. Camões canta que o capitão Vasco da Gama, continuando a contar a história de Portugal, começa a comenta o sonho que rei Manoel I teve sobre a empreitada portuguesa rumo ao Oriente.

Podemos, portanto, entender que a estrofe diz que:

“Num momento, quando o rei Manoel I já estava deitado em seu áureo leito onde as imaginações são mais corretas, o monarca cai no sono enquanto se revolviam em seu coração e sangue as obrigações de monarca e os desejos de expansão de Portugal deixados pelos seus antepassados.”

CANTO IV – ESTROFE 69

“O capitão Vasco da Gama comenta que o rei Manoel I, ao sonhar com as terras do Oriente, vê as montanhas do Himalaia e o rios Gangues e Indo”

 

Aqui lhe apresenta, que subia

Tão alto que tocava a prima esfera,

Donde diante vários mundos via

Nações muita gente estranha e fera:

E lá bem junto donde nasce o dia,

Depois que os olhos longos estendera,

Viu de antigos, longínquos e altos montes,

Nascerem duas claras e altas fontes.

 

“Aqui lhe apresenta, que subia tão alto que tocava a prima esfera, donde diante vários mundos via nações muita gente estranha e fera: e lá bem junto donde nasce o dia, depois que os olhos longos estendera, viu de antigos, longínquos e altos montes, nascerem duas claras e altas fontes. (1)

(1) No sonho do rei Manoel ele subia até a Lua, a prima esfera, vendo várias parte do mundo e nações com povos estranhos e ferozes, sendo que na Ásia, onde nasce o dia, seus olhos viram os antigos, longos e altos montes dos quais nasciam as fontes e claras águas do Indo e do Ganges. Camões canta que o capitão Vasco da Gama, continuando a contar a história de Portugal, comenta o sonho do rei Manoel I que o inspirou a lançar a empreitada portuguesa rumo às terras da Índia no Oriente.

Podemos, portanto, entender que a estrofe diz que:

“No sonho do rei Manoel ele subia até a Lua, a prima esfera, vendo várias parte do mundo e nações com povos estranhos e ferozes, sendo que na Ásia, onde nasce o dia, seus olhos viram os antigos, longos e altos montes dos quais nasciam as fontes e claras águas do Indo e do Ganges.”

CANTO IV – ESTROFE 70

“O capitão Vasco da Gama comenta que, no sonho do rei Manoel I, ele vê animais e os povos que habitam as terras do Oriente”

 

Aves agrestes, feras e alimárias,

Pelo monte selvático habitavam:

Mil árvores silvestres e ervas várias

O passo e o trato às gentes atalhavam.

Estas duras montanhas, a’versárias

De mais conservação, por si mostravam

Que, desque Adão pecou aos nossos anos

Não as romperam nunca pés humanos.

 

“Aves agrestes, feras e alimárias, pelo monte selvático habitavam: mil árvores silvestres e ervas várias o passo e o trato às gentes atalhavam. Estas duras montanhas, a’versárias de mais conservação, por si mostravam que, desque Adão pecou aos nossos anos não as romperam nunca pés humanos. (1)

(1) O rei Manoel via o selvático monte do Himalaia, estes que era habitado por aves agressivas e ferozes, além de espessas florestas e povos que praticavam o comércio por ali. Estas montanhas eram tão duras e difíceis de subir que, desde o dia que Adão pecou até agora, nenhum humano deve ter passo por ali. Camões canta que o capitão Vasco da Gama, continuando a contar a história de Portugal, continua comentar o sonho que levou o rei Manoel I a lançar a empreitada portuguesa rumo às terras da Índia no Oriente.

Podemos, portanto, entender que a estrofe diz que:

“O rei Manoel via o selvático monte do Himalaia, estes que era habitado por aves agressivas e ferozes, além de espessas florestas e povos que praticavam o comércio por ali. Estas montanhas eram tão duras e difíceis de subir que, desde o dia que Adão pecou até agora, nenhum humano deve ter passo por ali.”

CANTO IV – ESTROFE 71

“O capitão Vasco da Gama comenta que, no sonho do rei Manoel I, ele vê os rios Gangues e Indo personificados em dois homens velhos”

 

Das águas se lhe antolha que saíam

Par’ ele os largos passos inclinando,

Dois homens, que mui velho pareciam,

Do aspeito, inda que agreste, venerando:

Das pontas dos cabelos lhe caíam

Gotas, que o corpo todo vão banhando;

A cor da pele, baça e denegrida;

A barba hirsuta, intonsa, mas comprida.

 

“Das águas se lhe antolha que saíam par’ ele os largos passos inclinando, dois homens, que mui velho pareciam, do aspeito, inda que agreste, venerando: das pontas dos cabelos lhe caíam gotas, que o corpo todo vão banhando; a cor da pele, baça e denegrida; a barba hirsuta, intonsa, mas comprida. (1)

(1) No sonho do rei Manoel I ele vê que, das águas que jorravam dos montes, saiam dois homens velhos e de aspecto venerável e rústico que, por serem muito grandes, percorriam grandes distancias enquanto andavam. Da ponta dos cabelos desses homens caiam gotas d’água que iam banhando todo o corpo; suas peles tinham a cor embaçadas e denegrida, enquanto as barbas eram erriçadas e longas. Camões canta que o capitão Vasco da Gama, continuando a contar a história de Portugal, continua comentar o sonho que levou o rei Manoel I a lançar a empreitada portuguesa rumo às terras da Índia no Oriente.

Podemos, portanto, entender que a estrofe diz que:

“No sonho do rei Manoel I ele vê que, das águas que jorravam dos montes, saiam dois homens velhos e de aspecto venerável e rústico que, por serem muito grandes, percorriam grandes distancias enquanto andavam. Da ponta dos cabelos desses homens caiam gotas d’água que iam banhando todo o corpo; suas peles tinham a cor embaçadas e denegrida, enquanto as barbas eram erriçadas e longas.”

CANTO IV – ESTROFE 72

“O capitão Vasco da Gama descreve a aparência dos dois homens que o rei Manoel I viu em seu sonho”

 

D’ ambos os dois a fronte coroada

Ramos não conhecidos e ervas tinha;

Um deles a presença traz cansada,

Como quem de mais longe ali caminha

E assim a água, com ímpeto alterada

Parecia que doutra parte vinha:

Bem como Alfeu de Arcádia em Siracusa

Vai buscar os braços de Aretusa.

 

“D’ ambos os dois a fronte coroada ramos não conhecidos e ervas tinha; um deles a presença traz cansada, como quem de mais longe ali caminha e assim a água, com ímpeto alterada parecia que doutra parte vinha: bem como Alfeu de Arcádia em Siracusa vai buscar os braços de Aretusa. (1)

(1) No sonho do rei Manoel I ele vê que os dois homens que saiam do monte Himalaia apresentavam-se coroados de ervas e ramos desconhecidos, sendo que um deles tinha um aspecto mais cansado, como se caminhasse de mais longe. E assim a água, alterada com ímpeto, parecia que vinha de outra parte, assim como Alfeu que ia de Arcária para Siracusa para cair nos braços de Aretusa. Camões canta que o capitão Vasco da Gama, continuando a contar a história de Portugal, continua comentar o sonho que levou o rei Manoel I a lançar a empreitada portuguesa rumo às terras da Índia no Oriente.

Podemos, portanto, entender que a estrofe diz que:

“No sonho do rei Manoel I ele vê que os dois homens que saiam do monte Himalaia apresentavam-se coroados de ervas e ramos desconhecidos, sendo que um deles tinha um aspecto mais cansado, como se caminhasse de mais longe. E assim a água, alterada com ímpeto, parecia que vinha de outra parte, assim como Alfeu que ia de Arcária para Siracusa para cair nos braços de Aretusa.”

CANTO IV – ESTROFE 73

“O capitão Vasco da Gama comenta que, no sonho do rei Manoel I, um dos homens convoca o monarca português para conquistar as terras orientais”

 

Este, que era o mais grave na pessoa,

Destarte para o rei de longe brada:

“Ó tu, a cujos reinos e coroa

Grande parte do mundo está guardada,

Nós outros, cuja fama tanto voa,

Cuja cerviz bem nunca foi domada,

Te avisamos que é tempo que já mandes

A receber nós tributos grandes.

 

“Este, que era o mais grave na pessoa, destarte para o rei de longe brada: “ó tu, a cujos reinos e coroa grande parte do mundo está guardada, nós outros, cuja fama tanto voa, cuja cerviz bem nunca foi domada, te avisamos que é tempo que já mandes a receber nós tributos grandes. (1)

(1) Este homem mais velho e que tinha o aspecto mais grave brada desta forma ao rei Manoel I que estava longe: “ó tu, rei de Portugal, cujo o reino será boa parte deste mundo, nós, os rios Indo e Ganges que nunca foram conquistados, avisamos que já é tempo que vós virdes nos dominar. Camões canta que o capitão Vasco da Gama, continuando a contar a história de Portugal, continua comentando o sonho do rei Manoel I, que vê os rios Indo e Gangues personificados em dois grandes e velhos homens, sendo que um deles o convoca para vir conquistar as terras da Índia no Oriente.

Podemos, portanto, entender que a estrofe diz que:

“Este homem mais velho e que tinha o aspecto mais grave brada desta forma ao rei Manoel I que estava longe: “ó tu, rei de Portugal, cujo o reino será boa parte deste mundo, nós, os rios Indo e Ganges que nunca foram conquistados, avisamos que já é tempo que vós virdes nos dominar.”

CANTO IV – ESTROFE 74

“O capitão Vasco da Gama que, no sonho do rei Manoel I, um dos homens se apresenta como o rio Gangues e reforça o pedido para que o monarca português venha conquistar as terras do Oriente”

 

“Eu sou o ilustre Gangues, que na terra

Celeste tenho o berço verdadeiro

Est’outro é o Indo rei, que nesta serra

Que vês, seu nascimento tem primeiro.

Custar-te-emos contudo dura guerra;

Mas, insistindo tu, por derradeiro

Com não vistas vitórias, sem receio,

A quantas gentes vês porás o freio.”

 

“Eu sou o ilustre Gangues, que na terra celeste tenho o berço verdadeiro est’outro é o Indo rei, que nesta serra que vês, seu nascimento tem primeiro. Custar-te-emos contudo dura guerra; mas, insistindo tu, por derradeiro com não vistas vitórias, sem receio, a quantas gentes vês porás o freio. (1)

(1) Continua o homem: “Eu sou o ilustre rio Gangues, que tenho a minha nascente no Paraíso Celeste, enquanto este outro velho, rei de Portugal, é o rio Indo, que tem nascente nesta terra que vês. Contudo, para conquistar-nos, vós tereis que vencer duras guerras; mas, com muito esforço e insistência, conseguira dominar os povos que aqui vês.” Camões canta que o capitão Vasco da Gama, continuando a contar a história de Portugal, continua comentando o sonho do rei Manoel I, que vê os rios Indo e Gangues personificados em dois grandes e velhos homens, sendo que um deles o convoca para vir conquistar as terras da Índia no Oriente.

Podemos, portanto, entender que a estrofe diz que:

“Continua o homem: “Eu sou o ilustre rio Gangues, que tenho a minha nascente no Paraíso Celeste, enquanto este outro velho, rei de Portugal, é o rio Indo, que tem nascente nesta terra que vês. Contudo, para conquistar-nos, vós tereis que vencer duras guerras; mas, com muito esforço e insistência, conseguira dominar os povos que aqui vês.”

CANTO IV – ESTROFE 75

“O capitão Vasco da Gama comenta que o rei Manoel I acorda de seu sonho”

 

Não disse mais o rio ilustre e santo

Mas ambos desaparecem num momento.

Acorda Emanuel c’om um novo espanto,

E grande alteração de pensamento.

Estendeu nisso Febo o claro manto

Pelo escuro hemisfério sonolento:

Veio a manhã no céu pintando as cores

De pudibunda rosa e roxas flores. 

 

“Não disse mais o rio ilustre e santo mas ambos desaparecem num momento. Acorda Emanuel c’om um novo espanto, e grande alteração de pensamento. Estendeu nisso Febo o claro manto pelo escuro hemisfério sonolento: veio a manhã no céu pintando as cores de pudibunda rosa e roxas flores. (1)

(1) O ilustre e santo Rio Gangues não disse mais nada ao monarca português, tendo ambos desaparecido. Então o rei Manoel I acorda de seu sonho espantado e vários pensamentos remexendo sem sua cabeça. Nisso Febo, o deus Sol, anuncia o amanhecer estendendo o seu manto de luz sobre o hemisfério que estava escuro e sonolento, sendo que a manhã pintava no céu as cores do nascer do dia. Camões canta que o capitão Vasco da Gama, continuando a contar a história de Portugal, comenta que o rei Manoel I acorda do sonho que teve com as terras do Oriente.

Podemos, portanto, entender que a estrofe diz que:

“O ilustre e santo Rio Gangues não disse mais nada ao monarca português, tendo ambos desaparecido. Então o rei Manoel I acorda de seu sonho espantado e vários pensamentos remexendo sem sua cabeça. Nisso Febo, o deus Sol, anuncia o amanhecer estendendo o seu manto de luz sobre o hemisfério que estava escuro e sonolento, sendo que a manhã pintava no céu as cores do nascer do dia.”

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Esses foram os nossos comentários sobre a sexagésima até a septuagésima quinta estrofe do quarto canto de Os Lusíadas, onde Camões canta sonho que o rei Manoel I teve com as terras ao Oriente.

Eu sou Caio Motta e convido você a continuar acompanhando os nossos comentários sobre a grande obra de Camões, bem como demais textos da grande literatura universal presentes no nosso blog.

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