Venha conhecer a obra Hamlet, de Willian Shakespeare. Neste nosso primeiro comentário, falamos sobre o primeiro ato da peça, onde o fantasma do falecido rei Hamlet surge para assombrar os guardas do castelo e, ao ser confrontado pelo príncipe Hamlet, faz uma revelação assustadora.

Willian Shakespeare
O fantasma do rei Hamlet

O fantasma do rei Hamlet

A obra acontece na Dinamarca, em um castelo em Elsinore; começa com Francisco, um dos guardas, trocando de posto na madrugada com Bernardo, outro guarda do castelo. Em seguida chegam Marcelo, um outro guarda, e Horácio, um amigo do príncipe Hamlet, este que veio confirmar o relato de um fantasma que apareceu durante a madrugada.

Segundo contam para Horácio, um fantasma, que possui a mesma aparência do falecido rei Hamlet, surgiu na madrugada, despertando a curiosidade do rapaz. Horácio, incrédulo com a história, veio pessoalmente ver se a aparição realmente dava as caras e, para sua surpresa, era verdade: um fantasma idêntico ao falecido rei Hamlet, tanto que utilizava a mesma armadura que ele possuía. O fantasma surge e, ao ser questionado os seus motivos, logo desaparece.

Aproveitando a oportunidade, os guardas questionam Horário do motivo de Cláudio, irmão e sucessor do falecido rei Hamlet, os obrigar a fazer essa guarda e porque ele vem reunindo mais e mais canhões de guerra. Em resposta, Horácio conta que, há muitos anos, o rei Hamlet venceu e matou o Fortimbrás da Noruega e, assim, conquistou as suas terras. Hoje, o filho de Fortimbras que, assim como Hamlet, possuí o nome de seu pai, reuniu um exército e pretende reaver as terras que foram perdidas, sendo essa a razão de tal guarda.

O fantasma volta uma segunda vez, mas, quando o galo canta trazendo o amanhecer, a aparição foge junto com a noite. Horácio, ainda perturbado com o que viu, decide ir até o príncipe Hamlet contar sobre a aparição do fantasma de seu falecido pai.

O lamento do príncipe Hamlet

O rei Cláudio, a rainha Gertrudes, o príncipe Hamlet e o outras figuras se reúnem numa assembleia no castelo para discutir o avanço do príncipe Fortimbrás da Noruega, pois, com a morte do rei Hamlet, ele decidiu reaver as terras norueguesas que seu falecido pai perdeu. Fica decidido que serão enviados emissários para resolver a situação de uma forma mais diplomática.

Laertes, filho do conselheiro Polônio, aproveita a assembleia para conseguir a permissão do rei para retornar à França. O rei, sabendo que o pai de Laertes também havia autorizado, consente.

Mas aquele que mais se destaca dentre os presentes é o príncipe Hamlet que, ainda de preto, mantém o luto de seu falecido pai, este que faleceu a não mais que dois meses. O lamento do príncipe se aprofunda porque sua mãe, a rainha Gertrudes, rapidamente abandonou o luto da viuvez e se casou o Cláudio, irmão do falecido rei Hamlet. 

O rei e a rainha conversam com o príncipe, pedindo para que ele aceite a morte de seu amado pai e deixe o seu triste luto, mas suas palavras não surtem nenhum efeito.

Após ficar sozinho, o príncipe recebe a visita de seu amigo Horácio e de Marcelo; ambos contam que viram o fantasma do falecido rei na guarda noturna do castelo. Após alguns questionamentos do príncipe, pois ouvir tal história espantaria qualquer um, ele decide ir até o posto de guarda na madrugada para ver o fantasma com os seus próprios olhos.

A afeição de Hamlet por Ofélia

Laertes, prestes a deixar a Dinamarca para viajar à França, se despede de Ofélia, sua irmã. Ele, sabendo dos desejos e promessas amorosas feitas pelo príncipe Hamlet, alerta sua irmã para não cair em tais graças; por ser o príncipe herdeiro, Hamlet sempre deverá colocar o estado da Dinamarca em primeiro lugar, podendo deixar de lado tal amor juvenil.

Antes de partir, Laertes recebe alguns conselhos de seu pai, onde ele diz para seu filho ter cuidado com as pessoas com quem for andar e com as suas atitudes e seus hábitos na França.

Estando agora sozinhos, Polônio questiona a sua filha sobre o que ela falava com Laertes; Ofélia responde dizendo que conversavam sobre a afeição que Hamlet tinha por ela. Polônio imediatamente repreende sua filha dizendo para não acreditar em nenhuma promessa vinda delepois, quando surge o desejo, os homens são capazes de prometer qualquer coisa para se satisfazerem.

O fantasma na madruga

Durante a noite, quando acontece a guarda no castelo, Horácio e Marcelo acompanham o príncipe Hamlet, mostrando o local onde surgiu o fantasma de seu pai.

Enquanto aguardam a chegada da aparição, soam-se disparos de canhão no ar e toques de trombetas. Ao ser questiona por Marcelo, Hamlet explica que o rei, querendo livrar-se de seu tédio, está realizando vários banquetes. O príncipe lamenta que essas algazarras sejam um hábito do seu povo; diz ele que esses costumes, além de mancharem a reputação do povo, também corrompes as suas virtudes.

Então surge o fantasma do falecido rei Hamlet, este que acena para o príncipe, querendo o distanciar de seus companheiros; o príncipe, contrariando os conselhos de seus colegas para evitar algum perigo, segue o fantasma pela madrugada.

Ao verem o príncipe indo atrás do fantasma, Marcelo e Horácio seguem o seu amigo, sendo que o guarda Marcelo, percebendo toda a situação que acontece, diz que nada disso está certo, que “tem algo de podre no rei da Dinamarca.” 

O assassinato do rei Hamlet

Estando juntos, fantasma do rei Hamlet começa a falar ao seu filho, revelando que ele foi assassinado por Cláudio, seu irmão e atual rei da Dinamarca.

Conta o fantasma que, enquanto estava desprevenido tirando um de seus cochilos no seu jardim, foi morto por seu próprio irmão, que utilizou de um veneno, fazendo parecer que o rei Hamlet foi morto por alguma serpente. Tamanha é a traição de Cláudio que, não se contentando em tomar o trono de seu irmão, também foi e tomou sua amada rainha.

Com a aproximação do amanhecer, este que expulsa o fantasma destas terras, o rei Hamlet pede para que seu filho o vingue, matando o rei Cláudio e recuperando o trono da Dinamarca.

Hamlet fica atônito com a mensagem dada pelo fantasma. Estando sozinho, ele diz para si mesmo para varrer quaisquer outros pensamentos e sentimentos que carregue; que fique apenas as ordens dadas pelo fantasma de seu amado pai e os sentimentos contra seu tio assassino.

Eis que chegam Horácio e Marcelo questionando o que aconteceu entre o príncipe e o fantasma. Não conseguindo contar o que o espectro de seu pai disse, Hamlet apenas pede para que seus amigos guardem segredo, não contando a ninguém que viram o fantasma do falecido rei Hamlet vagando pela madrugada, pedido este que o príncipe os faz jurar sobre a sua espada. 

Ainda sem entender o que houve e não crendo no fantasma, Horácio continua questionando o príncipe, sendo que Hamlet responde que há o mundo mais do que ele possa imaginar, que “há mais coisas entre o céu e a terra do que sonhou a sua filosofia.”

Antes de partir, o príncipe Hamlet diz que, a partir de agora, ele propositalmente assumira um comportamento muito estranho e pede a discrição de seus amigos quanto há isso.

Esse foi o nosso primeiro comentário sobre a obra Hamlet, de Willian Shakespeare, onde o fantasma do falecido rei Hamlet surge para assombrar os guardas do castelo e, ao ser confrontado pelo príncipe Hamlet, faz uma assustadora revelação.

Eu sou Caio Motta e convido você a continuar acompanhando os nossos comentários sobre as grandes obras de Shakespeare, bem como demais textos da grande literatura universal presentes no nosso blog.

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