Neste nosso segundo comentário sobre Hamlet, falamos sobre o segundo ato da peça, onde o comportamento do príncipe Hamlet começa a preocupar as pessoas da corte; Hamlet também prepara um plano para saber se o rei Cláudio realmente assassinou o seu pai

Willian Shakespeare
O comportamento do príncipe Hamlet

As preocupações de Polônio

O segundo ato da peça começa com o conselheiro Polônio enviando uma carta e algum dinheiro para que um mensageiro as entregue para Laertes, seu filho que está morando na França. Como todo bom pai zeloso, Polônio pede para o mensageiro descobrir como o seu filho está vivendo e com quais pessoas ele está se relacionando; também pede para que o mensageiro o acuse de ser um vadio e irresponsável, para que assim descubra as suas reações.

Com a partida do mensageiro à França, entra a jovem Ofélia dizendo que está assustada com as atuais atitudes do príncipe Hamlet. Diz ela que o príncipe foi até seu quarto com aparência e atitudes de um louco, mostrando-se estar muito perturbado.

Polônio, ao ouvir o relato da filha, acredita que essa atitude irracional pode ser causada pelo amor que o príncipe Hamlet nutre por Ofélia, amor este que, ao ser rejeitado, transformou-se em loucura.

Temendo que algo ruim possa acontecer, ambos vão até o rei e a rainha informar o que está acontecendo.

O comportamento do príncipe Hamlet

 

No palácio, o rei e a rainha convocam Rosencrantz e Guildentern, dois amigos do príncipe Hamlet, pedindo para que eles o vigiem. As recentes mudanças na aparência e, principalmente, no comportamento do príncipe Hamlet trouxeram muitas preocupações para eles; estranhando essa mudança, o rei e a rainha pedem para que esses dois amigos se aproximem Hamlet e então venham reportar o que descobriram.

Com a saída dos dois jovens, vem Polônio ao encontro do rei e a rainha. O conselheiro informa ao monarca que os esforços diplomáticos com o príncipe da Noruega foram bem-sucedidos: o príncipe Fortimbrás não marchará com seu exército contra a Dinamarca; agora ele apenas atravessa o território norueguês para ir lutar contra as forças da Polônia.

Porém não esse o principal assunto que Polônio trás. O conselheiro diz que as mudanças que ocorrem com o príncipe Hamlet são sinais de loucura, sendo esta causada pelo amor não correspondido de Ofélia.

A rainha Gertrudes, mesmo ouvindo o relato do confiável conselheiro, ainda não acredita que seu filho tenha realmente caído nos braços da loucura. Polônio, tendo absoluta certeza que sua hipótese está correta, pede para o rei e a rainha se esconderem, para que assim possam eles mesmos verem e ouvirem as louras que o príncipe dirá para Ofélia.

Eis que entra o príncipe que, conforme vai conversando com Polônio e dizer coisas desconexas, revela uma personalidade tomada pela loucura. Então saí Polônio, deixando Hamlet com Rosencrantz e Guildentern, que chegaram logo em seguida; ambos que, após conversarem um pouco com o príncipe, não conseguem esconder que foram enviados pelos rei e a rainha para vigiar Hamlet.

Conforme a conversa se desenvolve, Hamlet diz que está muito infeliz, que perdeu todo o prazer em contemplar o mundo e as belas artes dos homens. Nisso, Rosencrantz e Guildentern dizem que encontram atores de teatro no caminho para cá, e que eles estão disponíveis para uma apresentação, esta que poderá reanimar o triste príncipe. Então volta Polônio com um grupo de atores; Hamlet, que possui muito apreço pelo teatro, conversa com os atores, onde comentam sobre uma peça que retrata a queda da cidade de Tróia pelas mãos dos gregos, representando a morte do rei Príamo.

Quando fica sozinho com um dos atores, Hamlet pede para que eles façam uma apresentação da peça “O assassinato de Gonzago”, mas com algumas pequenas alterações escritas pelo próprio Hamlet.

Estando finalmente sozinho, Hamlet lamenta que não consiga colocar em ações os sentimentos vingativos que agora tem contra o seu tio, pois ainda não tem coragem de realizar tal ato. Querendo ter a certeza final de que seu tio realmente matou seu pai, já que o testemunho do fantasma pode ser demoníaco e mentiroso, Hamlet pede para os atores encenarem um assassinato igual ao que o fantasma do rei Hamlet disse que sofreu, para que assim o rei Cláudio, que estará assistindo a peça, mostre uma reação que comprove o seu crime.

Esse foi o nosso segundo comentário sobre a obra Hamlet, de Willian Shakespeare, onde o comportamento do príncipe Hamlet começa a preocupar as pessoas da corte; Hamlet também prepara um plano para saber se o rei Cláudio realmente assassinou o seu pai

Eu sou Caio Motta e convido você a continuar acompanhando os nossos comentários sobre as grandes obras de Shakespeare, bem como demais textos da grande literatura universal presentes no nosso blog.

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