Venha conhecer os principais eventos que acontecem nos cinco atos que compõem a peça Hamlet, de Willian Shakespeare.

Willian Shakespeare
Hamlet, de Willian Shakespeare

Ato 1 – O fantasma do rei Hamlet

A obra se passa em um castelo no reino da Dinamarca; de noite, durante a troca da guarda, os guardas comentam a aparição de um fantasma na madrugada, fantasma este que possui a mesma aparência do falecido rei Hamlet. Horácio, amigo do príncipe Hamlet, vai até o local para confirmar se os relatos eram verdadeiros e, ao ver que a aparição realmente existe, ele vai até o príncipe para avisá-lo.

Com a morte do rei Hamlet, a coroa passou para seu irmão, o atual rei Cláudio, ele que, logo ao assumir o trono, casou com Gertrudes, esposa do seu falecido irmão.

Num conselho que ocorre no castelo, o rei Cláudio e Polônio, um nobre conselheiro da corte, discutem sobre o que fazer em relação ao avanço do príncipe Fortimbrás da Noruega; no passado, o seu pai, o rei Fortimbrás, perdeu suas terras para o rei Hamlet e agora, com a morte do rei, o príncipe Fortimbrás reuniu forças para recuperar o que foi perdido. Fica decidido que eles tentarão uma solução mais diplomática para essa situação, evitando assim o derramamento de sangue.

No local, o príncipe Hamlet ainda está de luto, mostrando que ainda sofre com a morte de seu falecido e amado pai. Seu lamento se aprofunda porque sua mãe, a rainha Gertrudes, em menos de dois meses após o falecido do rei, logo largou o véu do luto para se casar com Cláudio.

Nisto chega Horácio, para avisar o príncipe sobre a aparição do fantasma. Espantado com o que ouviu, Hamlet decide averiguar o ocorrido com os seus próprios olhos.

Noutra parte do castelo, o conselheiro Polônio se despede de Laertes, seu filho, já que ele vai fazer uma viagem para França. Polônio também fala com Ofélia, sua filha, sobre o príncipe Hamlet; ele, como um pai zeloso, pede para que sua filha não cai nos charmes do jovem príncipe.

Durante a noite, quando acontece a guarda noturna, o príncipe Hamlet vai até a guarita para ver se a aparição é verdadeira e, para a sua surpresa, realmente surge um fantasma com a mesma aparência de seu falecido pai.

O fantasma então revela para Hamlet que ele foi assassinado pelo seu irmão Cláudio; o fantasma do rei acusa seu irmão de matá-lo e de casar-se com sua esposa. Antes de partir, ele pede para que o príncipe o vingue, matando Cláudio e reavendo o seu trono.

Assombrado com o relato, o príncipe pede para que Horácio e o guarda mantenham segredo sobre o que viram; também diz que, a partir de agora, ele falsamente assumira um estranho comportamento, parecendo que está louco, e que ambos devem manter discrição quanto a isso.

 

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Ato 2 – O comportamento do príncipe Hamlet

O segundo ato da peça começa com o conselheiro Polônio conversando com sua filha Ofélia; ela mostra preocupação quanto a súbita mudança de comportamento do príncipe Hamlet, dizendo que ele parece ter perdido o juízo e ficado louco.

Acreditando que tal comportamento tenha sido causado pela rejeição que Ofélia lhe deu, já que ela, sob as ordens de seu pai, rejeitou o amor do príncipe, Polônio vai até o rei e a rainha para informá-los.

O rei Cláudio e a rainha Gertrudes, já percebendo o estranho comportamento de Hamlet, mandam Rosencrantz e Guildentern, amigos do príncipe, para vigiá-lo e assim descobrir a causa de seus tormentos. Nisto chega Polônio, dizendo que os esforços diplomáticos com o príncipe Fortimbrás foram bem-sucedidos e que o reino da Noruega não deve temer nenhuma ofensiva de sua parte; ele também relata a situação do príncipe Hamlet, dizendo que ele possivelmente enlouqueceu porque Ofélia não correspondeu ao seu amor.

Rosencrantz e Guildentern conversam com o príncipe tentando descobrir a causa de seus problemas. Tentando animá-lo, eles dizem que encontram um grupo de atores no caminho e os trouxeram para o castelo. Como Hamlet possuí um apreço por tais artes, isso eleva um pouco o seu espírito.

Querendo ter certeza que seu tio Cláudio realmente matou o seu pai, Hamlet prepara um plano utilizando os atores recém chegados; ele pede para eles encenarem uma peça que, com algumas pequenas alterações, representará o assassinato da mesma forma que foi descrita pelo fantasma. Segundo a aparição, Cláudio aproveitou que o rei Hamlet estava dormindo num jardim e colocou veneno no seu ouvido, fazendo parecer que a sua morte fosse causada pela picada de alguma cobra peçonhenta.

Tal apresentação será feita diante do rei Cláudio e, assim que o assassinato for representado, Hamlet prestará atenção no rei, para assim ver se ele demonstra algum tipo de reação.

 

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Ato 3 – O crime do rei Cláudio

O terceiro ato da peça começa com o rei, a rainha e Polônio ainda falando sobre o comportamento príncipe Hamlet. Querendo averiguar se a hipótese de Polônio é certa, onde ele afirma que o príncipe enlouqueceu por causa do amor não correspondido de Ofélia, eles colocam ambos para conversar e, assim, ver o que acontece.

O príncipe, num momento de reflexão, se questiona sobre o que fazer; apesar do relato do fantasma contando que o rei Cláudio assassinou seu pai, Hamlet fica indeciso entre realizar o seu ato de vingança ou não fazer nada.

Nisto chega Ofélia querendo conversar com príncipe; ainda se fazendo de confuso e louco, ele fala sobre a beleza da jovem e o quanto a beleza feminina já cobiçou os homens do mundo. O rei e Polônio, após saberem da conversa, concluem que ele realmente enlouqueceu e que deve deixar o castelo; para o próprio bem do príncipe e de todos ao seu redor, o rei decide mandá-lo para a Inglaterra. Antes que isso ocorra, Polônio pede para que primeiro vejam a peça de teatro organizada pelo príncipe e que, depois disso, a própria rainha converse com seu filho; durante tal conversa, Polônio pretende a ouvir escondida para saber o que conversam.

Chegada a hora da peça, Hamlet conta o seu plano para Horácio, onde pede para que, quando chegar o momento da encenação do assassinato, ele também observe a reação do rei, pois, se Cláudio demonstrar qualquer espanto ou reação descabida, será a prova concreta das acusações feita pelo fantasma. Acontece a peça e, com os olhos fixados no rei, Hamlet e Horácio veem o monarca começar a passar mal durante a apresentação do ato, tanto que ele se retira imediatamente do local. 

Tendo a certeza final de que seu tio Cláudio assassinou seu pai, o príncipe Hamlet se entrega a sua vingança, pretendendo matá-lo e vingar seu pai. Indo até ele para matá-lo, Hamlet o encontra rezando.

Após ver a apresentação dos atores, o rei fica muito espantado e começa a lamentar o crime que cometeu; querendo aliviar o peso de seu crime, pois ele não somente matou seu irmão, como também tomou seu trono e se casou com sua esposa, Cláudio se ajoelha e reza. Hamlet, que estava decidido a matá-lo, mais uma vez hesita.

Matar alguém que reza, mesma que essa pessoa seja um assassino, acabaria levando-o para o céu, e isso não era algo que Hamlet deseja. Para evitar que Cláudio tenha esse fim imerecido, Hamlet não o mata.

Tendo sido convocado para conversar com sua mãe, o príncipe se encontra com Gertrudes, sendo que o conselheiro Polônio está escondido atrás de uma cortina. Diante de seu filho, a rainha questiona seu comportamento e suas recentes atitudes, onde ele a responde com insultos, acusando-a de se casar com o irmão de seu falecido marido.

Nisto, o conselheiro Polônio acaba deixando ser descoberto atrás da cortina. O príncipe, acreditando que era o próprio rei se escondendo, saca sua espada e atravessa o tecido, matando Polônio. Hamlet, lamenta o ocorrido, mas ainda acusa a mãe de casar com seu tio e revela que seu pai foi assassinado por Cláudio. Hamlet parte levando o corpo de Polônio e se prepara para a viagem para a Inglaterra.

 

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Ato 4 – A vingança de Laertes

O quarto ato da peça começa com a rainha revelando ao rei que o príncipe Hamlet matou o conselheiro Polônio; ela conta que Hamlet, acreditando que fosse o rei escondido atrás da cortina, sacou sua espada e perfurou o tecido. O rei Cláudio, ao ouvir tal relato, ordena que Hamlet parta imediatamente para a Inglaterra junto com Rosencrantz e Guildentern.

Como foi o príncipe que saiu arrastando o corpo de Polônio, o rei pede para que Hamlet, antes de partir, revele onde o colocou. Hamlet parte para a Inglaterra lamentando que tais coisas precisaram acontecer.

Tempo depois, a rainha e o rei ficam sabendo que a jovem Ofélia, após saber sobre a morte de seu pai, veio a enlouquecer. A situação também se agrava com a chegada de Laertes; ele, que estava na França, retornou para Dinamarca após saber sobre a morte de seu pai. O rei, ao ver que Laertes chegou com um grupo de seguidores para matá-lo, logo acalma o jovem, dizendo que ele não é o responsável pela morte de seu amado pai. A fúria de Laertes se intensifica ao ver que sua irmã Ofélia enlouqueceu.

Horácio então acaba recebendo uma carta do príncipe, onde ele conta que escapou da embarcação que seguia para a Inglaterra e que está retornando para a Dinamarca. Quando retornar, contará as coisas que descobriu.

O rei Cláudio, ao saber que Hamlet está retornando, revela para Laertes que foi o príncipe que matou seu pai, para que assim ele o mate. Como temem uma possível revolta da população, pois Hamlet é muito popular, eles não podem atacá-lo diretamente. Para isso, eles planejam um duelo entre o príncipe e Laertes; neste duelo, a espada de Laertes possuirá uma lâmina verdadeira e envenenada para matar o príncipe. Além disso, o rei Cláudio também disse que prepara um cálice envenenado para Hamlet tomar duelo o duelo.

Neste momento, para a surpresa de ambos, a rainha entra no recinto dizendo que Ofélia morreu. A pobre jovem, que estava louca, aparentemente se suicidou ao se atirar num rio.

 

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Ato 5 – A vingança de Hamlet

O quinto e último ato da peça começa num cemitério, onde dois coveiros preparam a cova que será enterrado o corpo de Ofélia. Hamlet e Horácio, que não sabem de nada, aparecem no local e, ao ver como os corpos dos mortos são tratados, lamentam que, não importando o quão grande possa ser um homem, o seu fim será uma cova fria.

Hamlet, ao perguntar de quem pertence a cova que eles estão limpando, descobre que é a sepultura do antigo bobo da corte. Ao ver seus ossos, o príncipe relembra os bons momentos que teve com o bobo na sua infância.

Nisto chegam o rei, a rainha, Laertes e o séquito real trazendo o corpo de Ofélia. Diante da sepultura de sua irmã, Laertes culpa Hamlet pele ocorrido, dizendo que se não fosse o seu comportamento e seus atos, Ofélia e Polônio ainda estariam vivos. Ao ouvir tais palavras, Hamlet surge do escuro, revelando que retornou de sua viagem e briga com Laertes; a briga é apartada pelos guardas do rei.

Após a confusão no cemitério, Hamlet conta para Horácio que Rosencrantz e Guildentern o estavam levando para uma armadilha na Inglaterra. Eles carregavam uma carta para ingleses que ordenava que matassem o príncipe assim que eles chegassem no país; Hamlet, sendo muito mais safo, pega o documento e o adultera, colocando que Rosencrantz e Guildentern é que deverão ser executados. Horácio fica espantado com o relato, lamentado que o rei Cláudio tenha ordenado tais atos.

Então chega um emissário do rei convidando Hamlet para um duelo amigável contra Laertes. Apesar do aviso de Horácio, o príncipe aceita o desafio, dizendo que já não teme qualquer coisa que possa acontecer.

Diante de Laertes e já estando pronto para o combate, Hamlet lamenta as suas desavenças anteriores com ele, colocando a culpa de seus erros na sua loucura.

O duelo se inicia e, apesar das grandes habilidades de Laertes com a espada, Hamlet vence os dois primeiros assaltos. O rei Cláudio, vendo que Hamlet talvez não seja atingido pela lâmina envenenada de Laertes, oferece o cálice envenenado ao príncipe, mas, quem acaba tomando a taça envenenada é a rainha Gertrudes. No terceiro assalto, Laertes fere Hamlet, mas tem sua espada tomada durante o embate e também é ferido pela lâmina envenenada.

Nisto a rainha cai no chão morrendo e dizendo que foi envenenada. Ao ver que foi ferido por sua arma e que vai morrer, Laertes revela que ele e Hamlet vão morrer por causa da lâmina envenenada e que tudo isso foi planejado pelo rei Cláudio.

Com o rei diante de si, Hamlet o ataca com a espada e o mata, vingando assim o assassinato de seu pai. Nas suas últimas palavras, ele pede para Horácio contar a todos o que realmente aconteceu, para que assim o seu nome fique limpo.

A obra termina com o príncipe Fortimbrás da Noruega chegando ao local e, ao ver que rei e príncipe morreram, clama o trono para si e mandar preparar um enterro digno para Hamlet.

 

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Esses foram os nossos comentários resumindo Hamlet, de Willian Shakespeare.

Eu sou Caio Motta e convido você a continuar acompanhando os nossos comentários sobre as grandes obras de Shakespeare, bem como demais textos da grande literatura universal presentes no nosso blog.

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