Neste nosso quarto comentário sobre Romeu e Julieta, falamos sobre o quarto ato da peça, onde Julieta e Frei Lourenço executam um plano que pode unir a jovem com Romeu.
O plano do Frei Lourenço
O quarto ato da peça começa com o Páris conversando com Frei Loureço. O jovem, que está muito empolgado com seu casamento, avisa a o frade que se casará com Julieta em poucos dias, o deixando muito surpreso; Páris explica que, querendo evitar que Julieta fique preza ao luto pela morte de seu primo Teobaldo, seu pai, o velho Capuleto, decidiu casala de imediato.
Nisto chega Julieta na igreja e acaba se encontrando com Páris. Ele a cumprimenta, mostrando estar empolgado com o casamento, enquanto ela mostra um aspecto abatido por causa das suas lágrimas. Quando Julieta diz que veio se confessar com o padre, Páris deixa o local para lhe dar mais privacidade.
Estando sozinha com Frei Lourenço, Julieta expressa grande dor e um profundo sofrimento por tudo o que está acontecendo; se já não bastasse ter que ficar longe de seu amado Romeu, agora é se vê obrigada a casar com outro homem. Segurando uma faca na mão, ela pede ajuda ao padre para livrar-se desta situação, pois, se for para casar com Páris, antes ela prefere se casar com a lâmina que segura.
Vendo que não adianta convencer Julieta a aceitar um destino longe de Romeu, Frei Lourenço propõem um arriscado plano que, se for bem sucedido, poderá não somente livrá-la do casamento com Páris, como também permitir que ela fique com Romeu. Em vez de se matar, Julieta tomará um poção que fará com que ela realmente pareça estar morta, só acordando após três dias. Neste tempo, o frei se encarregará de sepultá-la na capela dos Capuleto onde, após acordar desta falsa morte, encontrara Romeu a esperando.
Esse é o plano do padre: fingir a morte de Julieta para que ela possa fugir com Romeu. Enquanto estiver morta, o frei mandará uma carta para Mântua avisando Romeu da situação, para que assim ele vá até o local para encontrá-la.
Julieta, vendo uma luz no fim de toda escuridão que lhe cai, aceita a proposta do Frei Lourenço, levando para sua casa a poção.
A morte de Julieta
Na casa dos Capuleto, o velho Capuleto e sua esposa fazem os preparativos para o casamento de Julieta, sendo que ela, seguindo o plano do Frei Lourenço, vai até seus pais e diz que não vai desobedecê-los, aceitando finalmente o casamento com Páris. Ambos ficam muito felizes com a decisão da filha, pois nem imaginam o que ela está tramando.
No quarto de Julieta, a Ama e a senhora Capuleto fazem os preparativos finais nas roupas que a jovem utilizará em seu casório no dia seguinte. Estando sozinha, Julieta olha a poção que recebeu do Frei Lourenço e conjetura se, após tudo o que acontecer, ela tornará a ver esses familiares que ela tanto preza. Com medo, já que alguma coisa incerta pode acontecer, Julieta cria coragem e bebe a poção.
Na manhã do dia vindouro, a casa dos Capuleto acorda em agitação, com todos fazendo os preparativos para o grande casório. No quarto de Julieta, entra a Ama para acordá-la; após estranhar que, logo no dia do seu próprio casamento, que a jovem ainda esteja dormindo, a Ama percebe que Julieta está morta.
Os gritos de desespero da mulher chamam atenção de todos na casa, onde logo chegam Capuleto e sua esposa para encontrar o corpo duro e gelado de Julieta. Em seguida chegam Frei Lourenço e Páris, que também se mostram surpresos com a morte da jovem.
Todos ficam devastados com o ocorrido, caindo aos pratos no chão. Frei Lourenço, como sabia o que realmente estava acontecendo, pede para todos se acalmarem e aceitarem a morte de Julieta, pois está é a vontade dos céus. Dando seguimento ao seu plano, ele fala para os familiares preparem o sepultamento da jovem.
O quarto ato termina com os músicos que tocariam no casamento discutindo com um criado da casa que, estando bêbado e não sabendo do ocorrido, pede para eles tocarem alguma coisa para alegrá-lo.
Esse foi o nosso quarto comentário sobre a obra Romeu e Julieta, de Willian Shakespeare, onde Julieta e Frei Lourenço executam um plano que pode unir a jovem com Romeu.
Eu sou Caio Motta e convido você a continuar acompanhando os nossos comentários sobre as grandes obras de Shakespeare, bem como demais textos da grande literatura universal presentes no nosso blog.