Neste nosso quarto comentário sobre Hamlet, falamos sobre o quarto ato da peça, onde o príncipe, após ter matado Polônio, deixa a Dinamarca; também vemos que Laertes pretende vingar a morte de seu pai.

A partida de Hamlet
O quarto ato da peça começa com o rei questionando a rainha sobre a conversa que ela teve com o príncipe Hamlet. Ela, com profunda tristeza, conta o ocorrido, onde Hamlet matou Polônio; o rei, surpreso com o relato, diz que a loucura do príncipe já passou dos limites, devendo ele deixar o castelo imediatamente.
Rosencrantz e Guildentern vão até o príncipe para acompanha-lo até a Inglaterra e também para saber onde ele escondeu o corpo de Polônio. O príncipe não responde ao pedido, acusando ambos de serem apenas aproveitadores que facilmente serão descartados pelo rei.
Somente diante do rei Claúdio é que Hamlet revela o local onde escondeu o corpo de Polônio. O príncipe, após algumas provocações feitas ao rei, onde comenta que o destino do grande conselheiro foi se tornar banquete de vermes, acaba revelando o local.
Antes de ir para a Inglaterra, Hamlet faz uma reflexão sobre o estado das coisas, onde ele lamenta que tudo o que acontece o leva para realizar a sua vingança contra o seu tio assassino.
A vingança de Laertes
Tempo após isso, a rainha Gertrudes recebe a notícia de que a jovem Ofélia vem apresentando estranhos comportamentos, como se aparentemente estivesse louca. Ao ver a menina que, a rainha confirma o pior: a pobre Ofélia enlouqueceu.
Nisto também chega o rei e, ao ver o estado da jovem, percebe que ela perdeu a razão após a morte de seu amado pai. O rei comenta o caos que se encontra o reino, com um infortúnio vindo após o outro; ele teme o que pode acontecer quando Laertes, filho de Polônio e irmão de Ofélia, descobrir o que aconteceu, já que ele acabou de retornar de sua viagem.
Então, estando acompanhado de uma furiosa multidão de seguidores, chega Laertes, solicitando uma reunião com o rei Claúdio; ele, estando tomado por um desejo de vingança, questiona o rei sobre a morte de seu pai, este que, quando ia contar que Polônio foi morto por Hamlet, é interrompido por Ofélia, que volta para o cômodo cantando.
Ao ver que sua amada irmã ficou louca, Laertes é completamente tomado pela ira. O rei, temendo que Laertes possa o atacar, diz que mostrará quem é o verdadeiro culpado pela morte de Polônio, trazendo assim justiça para o infeliz coração deste filho.
As armadilhas contra Hamlet
Horácio então recebe um marinheiro que carrega uma carta de Hamlet; diz o príncipe que, estando há apenas dois dias no mar navegando para a Inglaterra, ele conseguiu fugir da armadilha de Rosencrantz e Guildentern. Completa a sua carta dizendo para enviar os marinheiros até o rei e que, quando ele voltar para a Dinamarca, contara mais coisas que descobriu.
Nisso o rei Claúdio já revelou a Laertes que foi Hamlet que matou seu pai, sendo que, na verdade, o príncipe estava querendo matar o rei. Laertes questiona o motivo do príncipe, ao apresentar tal comportamento, não ter sido preso; o rei responde que o amor de Gertrudes acaba o manipulando, mas que a popularidade do príncipe é tão grande que um conflito com ele poderia gerar uma grande revolta popular.
Então chega um mensageiro com a carta de Hamlet feita ao rei, onde ele diz que foi abandonado sem nenhum suporte no reino e que está indo até o rei para pedir-lhe perdão.
O rei, que teme o retorno de Hamlet, aproveita o desejo de vingança de Laertes para manipula-lo, dizendo que ele pode matar Hamlet num duelo de espadas, sendo que uma das espadas estará realmente afiada; morrendo desta forma, como se fosse num acidente, o povo não se rebelaria. Laertes também diz que untara a sua espada com veneno, garantindo assim a morte de Hamlet.
Não satisfeito, o rei também diz que deixará um cálice com veneno para Hamlet, pois este, durante o duelo, ficará com sede e beberá água deste copo.
Mas o inesperado e impensável acontece, com a rainha Gertrudes entrando no cômodo e informando que a pobre Ofélia morreu; segundo ela, a jovem, que estava louca, se suicidou nas águas de um rio.
Esse foi o nosso quarto comentário sobre a obra Hamlet, de Willian Shakespeare, onde o príncipe, após ter matado Polônio, deixa a Dinamarca; também vemos que Laertes pretende vingar a morte de seu pai.
Eu sou Caio Motta e convido você a continuar acompanhando os nossos comentários sobre as grandes obras de Shakespeare, bem como demais textos da grande literatura universal presentes no nosso blog.