Venha conhecer os principais eventos que acontecem nas 106 estrofes que compõem o primeiro canto de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
Introdução da Obra – Estrofes 1-18
Camões começa sua obra dizendo que canta os grandes feitos realizados pelos portugueses em suas expedições marítimas rumo as terras do Oriente, assim como os nomes dos grandes reis que expandiram a fé cristã e o império de Portugal
Para conseguir cantar as grandes realizações do povo lusitano, Camões pede que as ninfas Tágides, musas que habitam o rio Tejo, inspirem a criar uma obra digna destes bravos homens.
Camões elogia o jovem rei Dom Sebastião, os feitos que seus ancestrais já realizam no passado, assim como a grandiosidade do império português. Ele pede que o jovem monarca assuma as rédeas do seu governo e que, assim como antigos reis de Portugal, busque empreender grandes obras. Por fim, Camões pede que o monarca escute os versos que canta, pois neles são mostradas as grandes obras dos homens de sua nação.
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O consílio dos deuses no Olimpo – Estrofes 19 – 41
Concluída a introdução, Camões começa a cantar a viagem da frota do capitão Vasco da Gama rumo às terras da Índia, mas não da partida dos lusíadas das praias de Portugal, e sim da chegada dos barcos na costa oriental da África.
Porém antes de falar sobre a viagem, Camões diz que os deuses do Olimpo se reuniram em um consílio convocado por Júpiter, este que avisa as divindades presentes que já está escrito no destino que os lusíadas serão bem-sucedidos em sua viagem ao Oriente e realizarão grandes feitos naquelas terras.
Enquanto os deuses davam seus pareceres sobre a viagem dos lusíadas, Baco toma a palavra e mostra ser contrário a jornada dos portugueses, já que, caso eles sejam bem sucedidos, seus feitos sobrepujarão o nome de Baco naquelas terras, fazendo o seu nome ser esquecido. Vênus, ao contrário de Baco, é favorável à viagem dos lusíadas, já que os portugueses eram descendentes do seu amado povo romano. Ela também é favorável por porque, com o engrandecimento do nome de Portugal, o seu nome também seria celebrado.
Assim, com de desenrolar do debate entre ambos, o Olimpo fica dividido entre os apoiadores de Baco e os apoiadores de Vênus, até que o Marte, apoiador de Vênus, toma a palavra; ele argumenta que, por Júpiter, deus dos deuses, ser favorável aos lusíadas, ninguém deveria contrariar sua vontade; também diz que Baco é suspeito e que sua opinião não deve ser levada em consideração.
Júpiter, após escutar o que disse Marte, assente com a cabeça concordando e dá encerramento ao consílio dos deuses no Olimpo.
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Os portugueses em Moçambique – Estrofes 42 – 96
Com o fim do consílio dos deuses no Olimpo, Camões começa a cantar a passagem da frota do capitão Vasco da Gama na costa oriental da África.
O capitão Vasco da Gama, que não pretendia ficar na região por pensar que fossem inabitadas, se surpreende quando vê canos vindos das ilhas de Moçambique em direção aos seus barcos. Os marinheiros de Moçambique são recebidos pelos lusíadas com comidas e licor e ambos começam a trocar informações sobre quem são, com os portugueses dizendo que querem alcançar as terras da Índia, enquanto os negros de Moçambique dizem não serem nativos da região, mas sim seguidores da fé de Maomé.
No dia seguinte os portugueses recebem a visita do regente de Moçambique, este que refaz as perguntas aos lusíadas querendo saber quem são eles, sua religião e ver os seus equipamentos militares. O capitão Vasco da Gama responde dizendo que eles são cristãos vindos da Europa e que pretendem chegar às terras da Índia e depois mostra as suas armas e armaduras ao regente mouro. Ao saber que os lusíadas são cristãos e quão poderosa é sua armada, o regente mouro de Moçambique começa a desenvolver um grande ódio contra o capitão Vasco da Gama e seus homens.
O capitão Vasco da Gama pede ao regente mouro um piloto para servir de guia aos lusíadas até a sua chegada às terras da Índia, dizendo o regente que o pedido seria atendido no próximo dia.
No outro dia, Baco vai disfarçado até o regente e começa a manipula-lo, convencendo o regente mouro a destruir os lusíadas. Baco fornece dois conselhos: preparar uma armadilha contra eles quando fossem em terra pegar suprimentos; e, caso a primeira armadilha falha-se, que um piloto traiçoeiro fosse fornecido aos lusíadas, este que deveria sabota-los durante o resto da viagem.
O regente prepara a armadilha contra os lusíadas quando eles fossem pegar mantimentos em Moçambique, mas os marinheiros portugueses, que perceberam que uma emboscada estava para acontecer, chegaram preparados e derrotaram os mouros de Moçambique em combate e saquearam o seu povo.
Vendo que armadilha não funcionou, o regente mouro de Moçambique faz um falso pedido de paz aos portugueses e então fornece um piloto para guia-los no resto da viagem, sendo que este piloto seguiria o segundo conselho de Baco e sabotaria a frota, levando-a a destruição.
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A proteção de Vênus contra o piloto mouro e a chega à Mombaça – Estrofes 95-106
O piloto mouro é muito bem sucedido em manipular o capitão Vasco da Gama e seus homens, conseguindo convence-los a ir até uma ilha habitada por muçulmanos, porém Vênus, que sopra os ventos em outra direção, mudando a rota dos lusíadas.
Na segunda tentativa o piloto mouro é mais sucedido, convencendo o capitão Vasco da Gama a ir para outra ilha habitada por muçulmanos, esta que é conhecida como Mombaça. Desta vez Vênus não impede a frota de chegarem até a armadilha, mas não deixa que a frota atraque diretamente no porto da cidade.
Camões descreve Mombaça e diz que Baco também visitou o regente da ilha para manipula-lo e deixar uma armadilha preparada para quando os lusíadas chegassem.
O primeiro canto termina com Camões lamentando que os lusíadas tenham que passar por tantos provações e dificuldades para chegarem até às terras do Oriente.
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Os Lusíadas (Edição Didática) – Volume I
Obra completa de Camões com notas e comentários de Francisco de Sales Lencastre, sendo a melhor edição para quem busca compreender todos os detalhes deste grande épico.
Os Lusíadas (Edição Didática) – Volume II
Obra completa de Camões com notas e comentários de Francisco de Sales Lencastre, sendo a melhor edição para quem busca compreender todos os detalhes deste grande épico.
Esses foram os nossos comentários resumindo o primeiro canto de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
Eu sou Caio Motta e convido você a continuar acompanhando os nossos comentários sobre a grande obra de Camões, bem como demais textos da grande literatura universal presentes no nosso blog.