Venha conhecer os principais eventos que acontecem nas 113 estrofes que compõem o segundo canto de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
A armadilha em Mombaça – Estrofes 1-16
Quando os portugueses, guiados pelo piloto mouro de Moçambique, chegam em Mombaça, já está preparada uma armadilha orquestrada por Baco para destruir toda a frota. Os mouros tentam convencer o capitão Vasco da Gama a atracar os navios no porto da cidade, dizendo que no local existem muitos tesouros, assim como os cristãos que piloto mouro disse que existiam.
Para se precaver, o capitão Vasco da Gama manda dois marinheiros para inspecionarem a cidade, estes que eram homens condenados que tinham a função de ir na frente nas expedições para vasculhar os novos territórios que fossem encontrados. Os marinheiros percorrem a cidade e Mombaça e são levados até Baco que, estando disfarçado, prepara um altar para enganar engana-los, fazendo-os acreditar que na cidade realmente vivam os cristãos.
Passado uma noite na cidade, os dois marinheiros retornam para as naus portugueses e, tendo eles acreditado nas mentiras contadas, informam o capitão Vasco da Gama que Mombaça é um local seguro para a frota portuguesa atracar.
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A intervenção de Vênus – Estrofes 17-28
A deusa Vênus, que sempre teve um grande amor pelos portugueses, ao ver que eles estão prestes a cair na armadilha dos mouros em Mombaça, deixa sua morada dos céus e parte rumo ao mar para salva-los. Ela vai até as ninfas nereidas e as convoca para ir ao resgate dos portugueses; chegando nas naus portuguesas, Vênus e as ninfas não deixam as embarcações entrarem no porto de Mombaça, empurrando os barcos sem serem vistas pelos homens.
Os mouros, que não entendem o que está acontecendo, ficam assustados e, ao acreditarem que sua armadilha foi descoberta, fogem das embarcações pulando na água.
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A prece do capitão Vasco da Gama – Estrofes 29-32
Ao perceber que estava preste a cair em uma armadilha, o capitão Vasco da Gama começa uma prece aos céus. Ele diz que somente a Divina providência pode proteger ele e seus marinheiros dos perigos e pede aos céus que tenham piedade e os ajudem a chegar às terras do Oriente.
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O pedido de Vênus a Júpiter – Estrofes 33-41
Ao escutar as preces feitas pelo capitão Vasco da Gama, Vênus, que tinha acabado de salvar a frota portuguesa junto com as ninfas nereidas, parte do mar rumo ao céu, indo em direção a morada de Júpiter.
Querendo utilizar de sua enorme beleza para persuadir Júpiter, Vênus se veste da forma mais sedutora possível para seduzi-lo e, além disso, apresenta um aspecto alegre e, ao mesmo tempo, triste, para que assim o comovesse.
Diante dele, ela tenta manipula-lo, dizendo que lamenta por Júpiter permitir que os portugueses sofram tanto em sua viagem rumo ao Oriente e, já que eles sofrem porque Vênus os ama, agora ela passara a odiá-los, para que assim Júpiter comece a protegê-los.
Nisso ela começa a chorar, não conseguindo terminar o seu pedido.
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A resposta de Júpiter a Vênus – Estrofes 42-55
Júpiter fica comovido com o pedido e as lágrimas de Vênus e, para tranquiliza-la, começa a contar o que o futuro reserva para os portugueses.
Diz ele que Vênus não precisa se preocupar, porque os portugueses realizarão grandes feitos nas terras do Oriente: eles realizarão grande feitos marítimos; que construirão fortes e poderosos edifícios; que derrotarão seus inimigos mouros; que suas empreitadas marítimas conseguirão assustar o próprio Netuno, deus dos mares; que a costa africana que hoje é hostil será dominada pelos portugueses, servindo como portos para as futuras navegações; que os inimigos que habitam a região do mar vermelho terão tanto medo que o local se tornara amarelo; que seus feitos militares deixarão até Marte, deus da guerra, com inveja; que as cidades mouras serão todas conquistadas; que os guerreiros portugueses conquistarão uma glória jamais vista; que as batalhas marítimas do passado não serão comparáveis aos combates que eles realizarão; que eles dominarão todos os mares do Oriente e, por fim, que seus feitos marítimos serão incomparáveis.
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A visita de Mercúrio ao capitão Vasco da Gama – Estrofes 56-63
Tendo concluído sua resposta ao pedido de Vênus, Júpiter manda o deus Mercúrio, mensageiro dos deuses, preparar um porto seguro para os portugueses, assim como avisa-los dos perigos que existem em Mombaça.
Mercúrio parte dos céus rumo à Melinde e chegando no local, espalha o bom nome dos portugueses para que assim eles sejam recebidos como amigos no local. Após isso, ele parte para Mombaça para avisar os portugueses sobre os perigos que existem na cidade.
O capitão Vasco da Gama, que terminava sua vigília nas naus portuguesas, vai dormir e é recebido por Mercúrio em seus sonhos. O deus mensageiro o aviso dos perigos que existem em Mombaça, dizendo para ele fugir do local e seguir a costa até chegar a Melinde, pois ali eles serão recebidos como amigos e receberão a ajuda que
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A chegada dos portugueses à Melinde – Estrofes 64-78
Tendo terminado sua mensagem, Mercúrio sai e acorda o capitão Vasco da Gama, este que, percebendo o quão clara foi a mensagem, manda seus marinheiros preparassem as naus para partir de Mombaça.
Numa última tentativa, os mouros de Mombaça tentam destruir as naus portuguesas, mas acabam sendo percebidos pelos marinheiros.
Enquanto seguiam para Melinde, os portugueses relembram as dificuldades que eles enfrentaram em sua viagem até agora. No caminho, eles encontram dois barcos mouros navegando na costa africana. Um dos barcos escapa, enquanto o outro é capturado, ficando a sua tripulação a mercê dos portugueses.
O capitão Vasco da Gama questiona a tripulação captura, querendo saber se algum deles poderia servir como guia para levar a frota portuguesa às terras do Oriente. Nenhum deles pode ajuda-los, mas dizem que próximo se encontra a cidade de Melinde, onde o grande rei governa o local pode auxiliar os portugueses.
A frota lusitana chega em Melinde durante a Páscoa e vê que a cidade já estava preparada para recebe-los, estando a população local alegre e empolgada. O rei de Melinde recebe os portugueses com presentes e eles retribuem, enviando um embaixador para falar com o monarca.
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O embaixador português e o rei de Melinde – Estrofes 79-91
O embaixador enviado pelo capitão Vasco da Gama saúda o rei de Melinde, pedindo para que monarca ajude os portugueses em sua empreitada. Ao se identificar, diz que eles não são piratas, apenas navegantes que, partindo da Europa, pretendem chegas nas terras do Oriente. Também diz que lamenta pelos ataques que a frota portuguesa sofreu dos mouros de Moçambique e Mombaças, mas que está contente em conhecer o rei de Melinde, sendo ele e seu povo uma gente confiável.
Ao explicar por que o capitão Vasco da Gama não veio pessoalmente saudar o rei, o embaixador explica que o comandante português possui um regulamente criado pelo rei de Portugal que o proíbe de deixar sua frota para visitar qualquer porto ou cidade; mas concluí dizendo que os portugueses retribuirão a generosidade dada pelo rei de Melinde.
O rei de Melinde e os demais mouros ficam impressionados com os portugueses e o monarca diz que os portugueses não precisam ter medo, porque eles têm muita estima por uma gente como a portuguesa. Também diz estar impressionado com o respeito que o capitão Vasco da Gama tem com as ordens dadas pelo rei de Portugal. Concluí dizendo que, já que o comandante português não pode vir até ele, ele mesmo irá visita-lo no dia vindouro.
O embaixador português retorna as naus e transmite a conversa com o rei de Melinde aos portugueses, estão que começam a comemorar, já que finalmente terão ajuda para chega até à Índia.
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Vasco da Gama e o rei de Melinde – Estrofes 92-113
No outro dia, o rei de Melinde parte em suas canoas acompanhado de uma comitiva para ir até às naus portuguesas. O monarca e sua comitiva vão todos paramentados, trajando as mais nobres vestes que o povo árabe muçulmano costuma utilizar.
O capitão Vasco da Gama também parte em canos acompanhado de uma comitiva, pretendendo receber o rei de Melinde no mar. Assim como o monarca mouro, o comandante português e sua tropa vão estão todos paramentados e muito bem vestidos.
Os portugueses recebem o monarca mouro com trombetas e disparos das bombardas. O capitão e o rei de Melinde se cumprimentam, sendo que o rei repete o que disse ao embaixador, prometendo ajudar os portugueses com quaisquer coisas que eles precisarem para prosseguir com sua jornada. Também diz que os portugueses são famosos, tendo os seus feitos em guerras passadas se espalhado por toda África.
Em resposta, o capitão Vasco da Gama agradece a hospitalidade e generosidade, mostrando a sua frota e deixando o monarca impressionado com as embarcações que ele desejava tanto conhecer.
Querendo saber mais sobre Portugal e seu povo, o rei pede para que o capitão Vasco da Gama conte tudo o que puder, além de querer saber sobre os percalços passados que os portugueses passaram em sua viagem até agora. Concluí seu pedido dizendo que, como homens do passado já tentaram realizar grandes feitos, não seria de se estranhar que os portugueses, famosos por seus feitos, tentassem atravessar os perigosos mares para chegar até às terras da Índia; além de dizer que, se alguns homens são conhecidos pelas coisas erradas que fizeram, nada mais justo que os portugueses sejam conhecidos por suas grandes proezas.
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Os Lusíadas (Edição Didática) – Volume I
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Os Lusíadas (Edição Didática) – Volume II
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Esses foram os nossos comentários resumindo o segundo canto de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
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