Venha conhecer os principais eventos que acontecem nas 100 estrofes que compõem o quinto canto de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
Os portugueses partem rumo ao Oriente – Estrofes 1-23
Assim como no terceiro e quarto canto, o quinto canto de Os Lusíadas é composto pela narração que o capitão Vasco da Gama faz da história de Portugal ao rei de Melinde, sendo que agora ele contará os eventos que aconteceram desde a partida de Lisboa até chegar no reino Melinde.
As naus comandadas pelo capitão Vasco da Gama finalmente partem das praias de Lisboa, seguinte em direção ao sul em julho de 1497. Conforme navegam, deixa as terras europeias para trás e, com o passar dos dias, chegam até a costa da África, por onde seguirão contornando todo o continente.
Passam primeiro pelas terras do Marrocos, pela Ilha da Madeira e por Massília. Seguem descendo a costa, chegando à região da Linha do Equador, onde estão as Ilhas Canárias e do Cabo Verde.
Passam pela região do Senegal, Serra Leoa e a Ilha de S. Tomé. Depois navegam próximos do famoso rio do Congo, que dá nome ao reino local.
A frota portuguesa chega até o sul da costa africana, estando já no hemisfério sul. Olhando as estrelas descobrem a constelação do Cruzeiro do Sul e comentam as diferenças do céu do hemisfério sul para o hemisfério norte.
Segue o relato da tromba d’água vista pelo capitão Vasco da Gama e como o fenômeno natural era tão impressionante que, quem nunca visse, provavelmente não acreditaria no relato.
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A descoberta da Baía de Santa Helena – Estrofes 24-36
Após cinco meses navegando, o capitão Vasco da Gama conta que eles descobrem um novo local que viria a ser conhecido como a Baia de Santa Helena.
A frota atraca no novo território e começa a registrar o território em suas cartas de navegação. Um negro nativo é encontrada e trazia pelos marinheiros; ele, por ser de uma cultura muito distante e bárbara, não compreende nenhuma forma de comunicação que os portugueses tentam utilizar. Somente quando eles dão alguns presentes é que o homem mostra algum sinal de compreensão, aceitando os objetos e indo embora.
No outro dia o homem volta com mais nativos, todos eles querendo receber presentes. Fernão Veloso, um dos marinheiros que está abordo do navio, decide acompanha-los até suas moradas, para que assim descubra quem são e possa conhece-los melhor.
Essa decisão se mostrou muito errada por parte do marinheiro, já que por pouco não foi morto pelos negros nativos dessas terras. Ele volta correndo e fugindo dos etíopes que tinham uma armadilha prepara para os portugueses e, por pouco, não é capturado e morto.
O capitão Vasco da Gama e os demais portugueses conseguem resgatar o companheiro de viagem dos africanos e, percebendo que nada conseguiria de benéfico aqui para a sua empreitada, decide seguir com sua viagem.
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O Cabo da Boa Esperança e o Gigante Adamastor – Estrofes 37-48
Seguindo viagem, os portugueses chegam ao Cabo da Boa Esperança, este que também é conhecido como o Cabo das Tormentas.
Eles ficam assustados com o clima do lugar até que veem a enorme figura do Gigante Adamastor. O capitão Vasco da Gama descreve ele como uma criatura horrenda feita de pedra e terra, com formato de um homem velho e barbudo. Ao abrir a boca para falar, surgia um assustador estrondo, semelhante à uma tempestade.
O colosso repreende os portugueses por tentarem navegar em seus domínios e faz uma série de previsões sobre as naus portuguesas que, ao passarem por ali nas próximas viagens, hão de sofrer graves danos, com muitos naufrágios e mortes.
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O amor e o sofrimento do Gigante Adamastor – Estrofes 49-60
Enquanto o Gigante Adamastor fazia as terríveis previsões sobre as futuras naus portuguesas que sofreriam ao passar por ali, o capitão Vasco da Gama questiona o colosso sobre a sua identidade.
Ele responde contando a história e de como foi parar ali. Se apresenta como sendo ele o Cabo das Tormentas, mas diz que já foi conhecido como Adamastor, um dos titãs gigantes filhos da Terra.
Conta que um dia, ao ver a bela Tétis nua, acabou apaixonado por ela; por causa da recusa da formosa ninfa de se entregar a ele, tendo inclusive o enganado, o gigante decidiu se unir aos seus irmãos na guerra contra os deuses. A guerra acabou sendo vencida pelos deuses, e os gigantes foram transformados em montes como castigo.
Assim terminou o Gigante Adamastor, que antes era um ser de carne, agora foi transformado pelos deuses nos rochedos do Cabo e o seu sofrimento e angustia por ter sido rejeitado por Tétis tornou-se as terríveis tempestades daquele lugar.
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As dificuldades da frota portuguesa – Estrofes 61-85
Passando pela Cabo da Boa esperança, a frota do capitão Vasco da Gama segue navegando pela costa, já tendo alcançando as correntezas da costa africana oriental.
Passam pela Baía de S. Brás, sendo muito bem recebido pelos nativos negros locais. Os portugueses reabastecem as naus e, como aqui não conseguem nenhuma informação sobre às Índia, seguem viagem.
Nesta parte da viagem, o mar continua se mostrando difícil de navegar, com as correntezas e os ventos barrando a movimentação das embarcações.
No dia 6 de janeiro, dia dos Reis, os portugueses encontram um novo porto e, por ser descoberto nesta data, chamam-no de Rio dos Reis. Como aqui também não encontram nenhuma novidade sobre às terras indianas, seguem viagem pela costa africana.
Encontram às terras de Quelimane, sendo que aqui descobrem algumas informações sobre à Índia. Segundo dizem os nativos, os povos orientais passam com suas naus por toda a costa fazendo comércio nos portos por onde passam. Os portugueses ficam tão entusiasmados com as boas notícias, já que elas evidenciam que eles estão cada vez mais próximas de seu objetivo, que decidem nomear o local como Bons Sinais. Mas, infelizmente, nem tudo neste local foi um mar de rosas. Aqui os portugueses foram pegos por uma grave febre e muitos sofreram com escorbuto, doenças que levaram alguns dos marinheiros a óbito.
O capitão Vasco da Gama, em vias de concluir seu longo relato ao rei de Melinde, diz que, depois da frota partir de Bons Sinais, eles passam por Moçambique e por Mombaça, tendo eles péssimas recordações desses locais e de seu povo bárbaro.
Então diz que, pela misericórdia dos céus, a frota veio parar no reino de Melinde, sendo muito bem recebida pelo seu povo e seu bondoso rei.
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O fim do relato do capitão Vasco da Gama sobre Portugal – Estrofes 86-91
Com isso, finalmente termina o relato do capitão Vasco da Gama, já tendo o capitão portugueses contada a história de Portugal e da jornada deles pelos mares até chegar à Melinde.
Ele comenta ao rei de Melinde que nenhum outro povo jamais tentou tal empreitada, sendo que os feitos dele e de seus marujos já superam as grandes façanhas que foram contadas nos épicos do passado.
O rei de Melinde e sua comitiva ficaram muito impressionados com relato, estando eles boquiabertos com o que foi contado de pelo capitão Gama.
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O lamento de Camões quanto aos portugueses – Estrofes 92-100
Camões termina o quinto canto de sua obra comentando sobre o quão grandioso são feitos realizados pelos grandes homens e sobre o registro que é feito deles pelos artistas; além de mencionar, mais uma vez, que os feitos do capitão Vasco da Gama ao atravessar os mares é muito superior aos relatos por Homero e Virgílio em suas obras.
Porém o poeta portugueses lamenta que os portugueses são o único povo em que os nobres e senhores não se dedicam às letras e artes. Diz ele que são essas artes que imortalizam os grandes feitos na história e engrandecem os heróis e seu povo, e que é dever dos homens portugueses se dedicar a elas da mesma forma que os grandes homens de outros povos fizeram.
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Os Lusíadas (Edição Didática) – Volume I
Obra completa de Camões com notas e comentários de Francisco de Sales Lencastre, sendo a melhor edição para quem busca compreender todos os detalhes deste grande épico.
Os Lusíadas (Edição Didática) – Volume II
Obra completa de Camões com notas e comentários de Francisco de Sales Lencastre, sendo a melhor edição para quem busca compreender todos os detalhes deste grande épico.
Esses foram os nossos comentários resumindo o quarto canto de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
Gostou do conteúdo? Leia os nossos comentários sobre o primeiro canto de Os Lusíadas aqui.
Eu sou Caio Motta e convido você a continuar acompanhando os nossos comentários sobre a grande obra de Camões, bem como demais textos da grande literatura universal presentes no nosso blog.